Já imaginou dormir no dia 4 de outubro e acordar no dia 15? Não estou me referindo a uma viagem no tempo, nem a um período prolongado de descanso. Esse “salto temporal” ocorreu em 1582 graças à intervenção do Papa Gregório XIII.

A ideia era simples, o pontífice encontrou uma forma de corrigir um equívoco causado pelo antigo calendário adotado pelo mundo, o Juliano, criado por Júlio César em 45 a.C. Este, por sua vez, tinha como objetivo sincronizar o calendário lunar, utilizado até então, com o calendário solar, que seria o oficial a partir daqueles dias.

Havia um “pequeno” problema. Os estudiosos contratados pelo imperador indicaram que seria necessária a inclusão de um dia no mês de fevereiro a cada três anos. Diferente dos habituais quatro anos de intervalo, que conhecemos hoje.

O ano juliano começava em março e os meses entre janeiro e junho, homenageavam deuses. o sétimo mês era SETEmbro e o oitavo era OUTUbro e assim, por diante até DEZembro. O Júlio César, malandrão, decidiu homenagear-se criando o mês de Julho com 31 dias. Seu sucessor, Augusto, enfiou o mês de Agosto, também com 31 dias e também foi o responsável por definir que o ano bissexto aconteceria a cada 4 anos.

Voltando ao assunto principal: Calendário Gregoriano. Gregório emitiu a bula papal “Inter Gravissimas”, que estabelecia o novo modelo de calendário para os países católicos. Agora, o ano começaria em 01 de janeiro e não mais em março. Terminaria em dezembro, que deixaria de ser o décimo mês para ser o décimo segundo. Mais uma mudança no ano bissexto, anos que terminam em 00 só terão a regra aplicada se forem divisíveis por 400… Por exemplo, 1600, 2000, 2400. Para os demais, é preciso fingir que não sabe de nada e esperar por 2104.

Será que foi ele quem criou aquela contagem nos metacarpos para descobrir se o mês tem 30 ou 31 dias?