Anie Fabris e o Caminho Sagrado de Shikoku no Japão
A psicológica peregrina Anie Fabris enfrentou diversos caminhos pelo mundo e voltou do Japão com incríveis histórias e muita paz que encontrou no Caminho Sagrado de Shikoku.
O Caminho Sagrado da Ilha de Shikoku, conhecido como Shikoku Henro, é uma das mais tradicionais e espirituais peregrinações do Japão. Com cerca de 1.200 quilômetros, ele percorre 88 templos budistas espalhados pela ilha de Shikoku, associada ao monge Kūkai (ou Kōbō Daishi), fundador da escola budista Shingon no século IX.

Tradicionalmente, os peregrinos — chamados de henro — fazem o trajeto a pé, embora muitos hoje o realizem de bicicleta, carro ou transporte público. Mais do que um percurso físico, o Shikoku Henro é uma jornada espiritual voltada à reflexão, purificação e busca interior. Os peregrinos usam vestes brancas, carregam um bastão (simbolizando Kūkai como guia espiritual) e seguem um caminho que representa as fases da vida: despertar, ascetismo, iluminação e nirvana.
Apesar de suas raízes religiosas, o caminho é percorrido por pessoas de diferentes crenças e origens, em busca de cura emocional, crescimento pessoal ou conexão com algo maior. Hospedagens simples, templos acolhedores e a hospitalidade dos moradores locais (conhecida como osettai) fazem parte essencial da experiência.
Mais do que uma trilha de templos, o Caminho de Shikoku é uma travessia interior — um convite a desacelerar, contemplar e reencontrar a si mesmo.
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