As crises enfrentadas pelo setor do carvão eram tantas e ocorreram com tanta frequência que em 1957 a Câmara dos Deputados decidiu formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as falhas na implementação de suas políticas e pra saber o que estava levando essa indústria a ter tantas crises. Na edição de 3 de junho de 1957, o jornal Tribuna Criciumense trouxe em sua capa um comunicado assinado pelo deputado Elias Adaime, que era o presidente da CPI. 

No documento, a população era avisada de que, nos dias seguintes, a Comissão estaria em Criciúma, e que estaria aberta para ouvir “quem quisesse depor”. Tanto trabalhadores , quanto patrões. Eles teriam garantias de que poderiam se expressar livremente, da forma que achassem apropriada.

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No mesmo comunicado, o deputado Adaime informou que, “se necessário, iria determinar investigações, ouvir e interrogar testemunhas, solicitar dados e documentos e convocar servidores públicos e membros e autoridades políticas.”

Esse comunicado foi emitido em 29 de maio e foi publicado em 3 de junho daquele ano. Comissões Parlamentares de Inquérito já estavam deixando sua marca na história. Elas abriam caminhos para que outras CPIs também fossem criadas. 

A Comissão Parlamentar de Inquérito que buscava esclarecer as razões das constantes crises da indústria do carvão, chegou a lugar nenhum e, a exemplo das contemporâneas, acabou em pizza. 

Realização: Rádio 92 Rock Pop
Texto e produção: Manu Justino
Produção de vídeo: Igor Fontana

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Capítulo 034: CPI do Carvão

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