Quem sempre perde com a separação são as crianças
Mano Dal Ponte recebeu a advogada especialista em direitos de família, Mariele Rodrigues.
Divórcio, pensão alimentícia e infidelidade fazem parte do dia a dia da advogada. Formada há 10 anos em Direito, Mariele atua há 4 anos exclusivamente em ações relacionadas a conflitos familiares.
A advogada conta que sempre gostou de direito de família, pois envolve emoções e uma história por trás. “O ponto principal pra mim além das emoções, foi quando eu senti um propósito em atender mulheres, pois elas fazem 95% do público do meu escritório”, alegou.
Em suas redes sociais ela recebe muitos hates pois declara que muitos homens acabam deixando para a mulher maior parte da responsabilidade dos filhos.
“O QUE MAIS GASTO NO ESCRITÓRIO É LENÇO”
Mariele conta que preza pelo atendimento humanizado, pois os casos que chegam até ela são muito emocionais. “O que mais gasto no escritório não é folha de papel, é lenço, pois elas choram muito”, comentou. Para ela, existe duas razões pelas lágrimas de sua clientes: O sonho ter acabado e a maneira como terminou. ” A pessoa num casamento idealizam muitas coisas, muitas ainda amam, mas por inúmeros motivos como infidelidade e crise financeira, não conseguem estar juntas”, completou.
O JUDICIÁRIO NÃO É POÇO DE LAMURIAS
Segundo a entrevistada, muitos clientes buscam se vingar no processo judicial, mas a especialista em conflitos familiares reforça que não é a melhor forma. “Quando é um casal de pais a criança sofre junto e é tão triste isso, por isso a forma mais leve é um acordo”, afirmou. Ela conta que no seus casos sempre preza pela conversa e acordo de maneira amigável, pois longos processos geram desgastes mentais e financeiros.
QUEM SEMPRE PERDE COM A SEPARAÇÃO SÃO AS CRIANÇAS
“Eu sempre acredito que quando nós somos contratados em ações de divórcios, nós estamos também estamos advogando pelo direito da criança, e quando essa criança não tem voz, nós temos que orientar os adultos a fazerem boas escolhas para os filhos”, explicou. Mariele alerta que nem sempre as decisões tomadas em meio a um turbilhão de emoções, beneficiam a criança.
A advogada explicou como funciona no Brasil a guarda compartilhada após a separação. “Guarda Compartilhada significa compartilhar decisões sobre a vida da criança e não compartilhar lares. No nosso país não pode existir essa questão de 15 dias no pai e 15 dias na mãe e sim um lar fixo”, exemplificou.
Confira a entrevista completa na íntegra:















