Gika Tiscoski e Ale Koga receberam Maria Júlia Mezzari, psicóloga, para falar sobre a série “Adolescência”, recordista de audiência na Netflix. A história se passa no Reino Unido e conta a história de um jovem acusado de assassinar uma colega. 

Para a especialista, a produção choca ao desmistificar a imagem da família perfeita, onde pais acreditam que seus filhos estão seguros e bem informados apenas por estarem em seus quartos conectados à internet. A série levanta um debate crucial sobre a falsa sensação de segurança online e a necessidade de os pais se atentarem à realidade virtual de seus filhos, que muitas vezes esconde perigos e distorções da realidade.

Maria Júlia destaca que a série, apesar de se passar em outro contexto, ecoa na realidade brasileira, onde muitos pais negligenciam os riscos que seus filhos enfrentam no ambiente digital. Ela enfatiza que a internet, apesar de ser uma janela para o mundo, também pode ser um terreno fértil para influências negativas, como fóruns de ódio e ideias perigosas. 

A psicóloga ressalta a importância de os pais não apenas monitorarem, mas também se conectarem com o universo de seus filhos adolescentes, buscando compreender seus gostos e preocupações, assim como a terapeuta da série faz ao criar um vínculo de confiança com o protagonista.

A especialista aponta que, ao contrário do que se pensa, muitos adolescentes procuram ajuda psicológica por iniciativa própria, conscientes dos benefícios da terapia, principalmente em relação à ansiedade, que se tornou uma das maiores queixas dessa geração. 

A entrevistada adverte que os jovens estão sempre à frente dos adultos no universo digital, com seu próprio vocabulário e entendimento, tornando ainda mais urgente a necessidade de os pais se manterem informados e vigilantes sobre o que seus filhos consomem e com quem interagem online, comparando a necessidade de segurança virtual à proteção física do lar.

Assista à entrevista completa no nosso canal do YouTube!