Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, anunciou que o governo federal fará uma importante divulgação para a indústria automobilística no próximo dia 25 de maio. O setor, incluindo trabalhadores, montadoras, fornecedores e revendedores, está ansioso por um possível lançamento de um carro popular verde ou similar, que permita a redução do preço para cerca de R$ 50 mil.

Alckmin mencionou que haverá “boas notícias para o setor”, mas não revelou especificamente o que seria. Este comunicado chega próximo de junho, mês em que as montadoras e o governo estão trabalhando para chegar a um acordo visando o surgimento de um carro popular renovado. Nos últimos dias, o setor automobilístico teve reuniões com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para discutir maneiras de impulsionar as vendas de veículos em uma indústria que enfrenta uma ociosidade de 47% e tem capacidade instalada de produção de 4,5 milhões de veículos por ano.

A introdução de pelo menos 300.000 carros adicionais é vista pelo setor como uma solução, e o carro de entrada verde é considerado fundamental. No entanto, sem incentivos fiscais, essa proposta não se mostra viável, assim como a redução do custo de produção também é necessária para atingir esse objetivo. Além disso, a alta taxa de juros é outro ponto que precisa ser resolvido, pois não adianta reduzir os preços por meio de cortes de custos e incentivos fiscais se a taxa Selic continuar em 13,75% e a inadimplência permanecer em 5% ou mais.

As montadoras estão ansiosas por um acordo geral, mas enquanto não houver consenso sobre como produzir um carro 1.0 movido a álcool a partir de R$ 45 mil, com uma taxa de juros de financiamento “especial”, o layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) se torna a única alternativa. Várias montadoras já implementaram medidas, como corte de turnos e programas de demissão voluntária.