Em uma entrevista ao site R7, Diogo Seixas, CEO da NeoCharge – empresa especializada em infraestrutura de recarga de carros elétricos – previu que os carros elétricos de porte médio terão o mesmo preço dos carros a combustão em no máximo dois anos. Ele destacou que isso não significa que os carros elétricos se tornarão baratos, mas sim que custarão o mesmo que os modelos movidos a combustível fóssil, que possuem um preço elevado no Brasil, como é o caso dos sedãs médios que atualmente custam em torno de R$ 150.000.

Entretanto, Seixas afirmou que, para que essa previsão se concretize, os preços dos carros elétricos de porte médio precisariam cair em cerca de R$ 100.000. Atualmente, o modelo JAC E-J7 é o carro elétrico de porte médio mais barato vendido no Brasil, custando R$ 252.900.

Em relação aos SUVs elétricos, o modelo JAC E-JS4 é o mais acessível do mercado, partindo de R$ 242.900, mas ainda assim é cerca de R$ 110.000 a R$ 120.000 mais caro do que os modelos a combustão do mesmo porte. Seixas também apontou que a paridade de preço entre carros elétricos e a combustão para modelos menores levará de três a quatro anos para acontecer.

Atualmente, a frota total de carros elétricos no Brasil é de aproximadamente 125.000 veículos, sendo que um terço deles está no estado de São Paulo. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), apenas 4.500 carros elétricos foram vendidos em janeiro de 2023, representando 3% do total de vendas de veículos no país. Quanto aos carros de luxo, Seixas destacou que a paridade de preço entre elétricos e a combustão já existe, mas apenas porque os carros de luxo são tão caros no Brasil que chegam a ser absurdos, devido ao posicionamento de mercado e altas margens de lucro.