Preços elevados, alta dos juros, estagnação dos salários, queda do poder de compra, todos estes fatores tem impossibilitado a compra de um veículo 0km no Brasil. Os consumidores estão segurando seus carros por mais tempo, e a frota brasileira envelhecendo. Na verdade, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a idade média dos carros no Brasil é de 10 anos e 9 meses, o que é um pouco mais velho do que a idade média de carros em 1994.

Mesmo havendo mais montadoras produzindo mais veículos do que em 1994, muitos carros antigos ainda estão nas ruas. De acordo com o Sindipeças, o governo federal está considerando a possibilidade de expandir o programa Renovar, que atualmente se concentra em caminhões com mais de 30 anos, para incluir carros mais velhos. No entanto, isso pode ser um grande desafio, já que a maioria dos 46,9 milhões de veículos em circulação no país são carros leves e comerciais, muitos dos quais precisam ser retirados das ruas.

Desde 2010, cerca de 2,6 milhões de carros foram adicionados à frota brasileira, mas a maioria deles eram carros mais novos, enquanto a participação de carros com mais de 10 anos aumentou significativamente. Isso significa que muitos carros mais antigos ainda estão nas ruas, poluindo o meio ambiente e consumindo mais combustível. Para renovar a frota de carros no Brasil, é necessário que a maioria desses carros com mais de 20 anos sejam substituídos, o que pode exigir uma produção anual inteira de carros novos.

Portanto, o governo e as montadoras precisam trabalhar juntos e encontrar soluções viáveis para substituir carros mais velhos e poluentes por carros mais novos e eficientes. Além disso, é importante que os consumidores tenham acesso a opções de compra de carros mais acessíveis e que os salários aumentem para acompanhar a inflação e os custos crescentes. Assim, a frota de carros no Brasil poderá ser renovada de forma sustentável, beneficiando o meio ambiente e os cidadãos brasileiros.