Mano Dal Ponte e Dino Cardoso receberam Beto Colombo, fundador da Anjo Tintas, filósofo, escritor e peregrino, no uMANOs Radio Show. Eles tiveram um debate aprofundado sobre a filosofia e suas conexões com a vida cotidiana.

A conversa iniciou com a premissa de que o pensamento é um elo de conexão, e Beto, com Schopenhauer, sua expertise como filósofo clínico, destacou a importância de não tentar controlar o incontrolável, citando o estoicismo como uma linha de pensamento que foca na aceitação e no controle da própria mente e opiniões. Ele enfatizou que o sofrimento muitas vezes surge da tentativa de dominar aquilo que está além de nossa alçada, como o clima ou a economia mundial.

A discussão se aprofundou na forma como diferentes filosofias podem ser aplicadas à vida, com o filósofo explicando que ele estuda todas as linhas de pensamento para compreender a singularidade de cada indivíduo. Ele ressaltou que filósofos como Schopenhauer, embora pessimistas, partem de premissas importantes sobre a individualidade da percepção, onde “o homem é a medida de todas as coisas”.

O escritor argumentou que, ao invés de buscar a homogeneidade, é crucial respeitar as diferenças nas relações pessoais, sejam elas familiares ou conjugais, focando nos “pontos de intersecção” que unem as pessoas, em vez de tentar moldá-las à própria imagem e semelhança.

O debate também abordou a complexidade das relações e o verdadeiro significado do amor. Colombo desafiou a ideia de que toda pergunta exige uma resposta e que todo problema precisa ser resolvido, sugerindo que o silêncio pode ser a melhor resposta. 

Ele explorou os diversos tipos de amor, diferenciando o amor cristão, que não busca o mal do outro, do amor baseado em trocas ou interesses. A conversa encerrou com uma reflexão sobre a natureza da amizade e das conexões humanas, enfatizando que a afinidade muitas vezes reside em pontos comuns e vibrações energéticas, e que a razão nem sempre explica a profundidade dos laços.

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