As verdadeiras causas da depressão
Mano Dal Ponte recebeu o doutor João Quevedo, psiquiatra com mais de duas décadas de experiência, PhD em Ciências Biológicas, professor universitário e neurocientista, no uMANOs Radio Show. Ele compartilhou suas percepções sobre a saúde mental, contrastando a realidade brasileira com a americana, onde reside há 11 anos.
Ele destacou que, apesar das diferenças culturais, as causas de problemas como depressão e ansiedade são surpreendentemente semelhantes em ambos os países. O psiquiatra, conhecido por sua abordagem direta e paixão por casos complexos, enfatizou a importância de diferenciar entre angústias existenciais e doenças psiquiátricas, ressaltando que a depressão é uma condição séria e incapacitante que afeta uma parcela significativa da população.
Um dos pontos altos da entrevista foi a explicação do Dr. Quevedo sobre a eletroconvulsoterapia, um tratamento que ele descreve como o mais eficaz para a depressão grave e resistente. Ele comparou o procedimento a “resetar o cérebro”, auxiliando pacientes que não respondem a outras terapias a recuperar a capacidade de sentir prazer e a afastar pensamentos suicidas.

Além disso, o neurocientista abordou o impacto das redes sociais na saúde mental, sugerindo que o consumo excessivo, especialmente no Brasil, pode contribuir para a distorção de pensamentos e a autossabotagem, embora não seja o único fator. Ele criticou a “falsa felicidade” promovida online e a idealização de vidas perfeitas, que podem levar a comparações prejudiciais.
Ao final da conversa, João compartilhou reflexões pessoais sobre sua própria jornada e propósito. Ele enfatizou que a felicidade e o propósito de vida muitas vezes surgem ao “fazer as coisas acontecerem”, em vez de esperar por uma epifania. Mencionou também sua libertação de amarras materiais e sociais, como a mudança de vestuário no trabalho para maior conforto e a percepção de que sua vida profissional não estava atrelada a um local físico.
A entrevista culminou com um convite à reflexão sobre a cultura de vitimismo e a importância de assumir o protagonismo da própria vida, desafiando a ideia de que a culpa é sempre dos outros e incentivando a autoajuda e a busca por soluções.
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