Gika Tiscoski e Ale Koga receberam Cintia Santos, organizadora da segunda edição do Afrocine Festival, no Multiverso. Ela compartilhou detalhes sobre o evento que visa promover a reflexão comunicativa antirracista através do cinema negro. 

O festival trará exibições de filmes com atores e produtores negros, além de rodas de conversa com personalidades como Marciano, que desenvolve uma websérie sobre a negritude em Criciúma, e Iara, presidente do Clube União Operária, para debater temas como a luta das mulheres negras e a representatividade.

Cintia, que também é doutoranda em educação com foco em educomunicação antirracista, explicou que o termo “cinema negro” no festival abrange filmes com participação de profissionais negros atrás das câmeras e produções que abordam questões raciais, mas também outras temáticas. 

Ela ressaltou a importância de valorizar a presença negra no audiovisual, ainda considerada pequena no Brasil, onde a população negra representa mais de 50%, mas não se vê refletida de forma proporcional na mídia.

Um dos focos desta edição do Afrocine é a inclusão e a discussão sobre a participação da população negra na história de Criciúma, especialmente em relação ao centenário da cidade. Ciíntia mencionou como a contribuição dos negros na mineração e na construção econômica da região muitas vezes é apagada. 

O festival busca, portanto, levantar essas narrativas e promover um olhar mais completo sobre a formação da identidade local. O Afrocine Festival acontece na Unesc, no Colegião, na APAE e no Clube União Operária.

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