A verdade está nos vestígios: o rigor e a ciência por trás da perícia criminal
Dino Cardoso e Ale Koga receberam André Bittencourt Martins, perito criminal bioquímico, no 100 OFENSAS. O profissional, que atua na Polícia Científica de Santa Catarina, detalhou a complexidade de seu trabalho, que visa encontrar a autoria e a materialidade dos crimes.
Sua função se estende para além da cena do crime, abrangendo análises em diversas áreas, como balística, digital, documentoscopia e genética. O perito ressaltou que, diferentemente da ficção, onde os resultados surgem em minutos, na realidade, a perícia exige tempo e rigor técnico para garantir a precisão e a confiabilidade das provas.
Contudo, a tecnologia moderna, como o scanner 3D para reconstituição tridimensional de cenas, representa um avanço significativo, permitindo revisitar o local do crime e identificar vestígios não notados inicialmente.
André ilustrou a minúcia da investigação com exemplos práticos, como a identificação de armas através de micro abrasões em projéteis e a análise de padrões de sangue para desmentir depoimentos, como no caso de sangue direcional do quarto para a sala que contradisse a versão da ré.
O perito sublinhou a extrema resiliência psicológica exigida na profissão, devido à constante exposição à morte e ao sofrimento. Ele explicou que o perito não tem segunda chance, o que impõe um nível altíssimo de atenção e cuidado em cada coleta e análise, justificando a rigorosidade do exame psicotécnico do concurso.
Em termos de avanço, o perito citou a integração ao sistema federal de DNA Codes, do FBI, que permite o cruzamento de perfis genéticos de criminosos condenados em nível nacional, resultando na elucidação de casos antigos, como um estupro de 2015 resolvido recentemente.
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