Mano Dal Ponte recebeu a arquiteta Marina Bortolotto, proprietária da Domo Core Arquitetura, no uMANOs Radio Show. Eles falaram sobre design, vida e escolhas no universo da arquitetura, destacando a crescente influência da inteligência artificial no setor.

Marina observou que muitos profissionais já utilizam a IA como uma ferramenta indispensável, embora ela mesma ainda não esteja 100% adaptada, nem seus clientes. Apesar de reconhecer o potencial da tecnologia, como a capacidade do ChatGPT de auxiliar na decoração com agilidade, a arquiteta levanta uma crítica: o risco de a IA alimentar o imediatismo e a produção de projetos descartáveis.

Ela argumenta que a arquitetura, por envolver alto investimento financeiro e tempo, deve ser planejada para ser duradoura, exigindo reflexão e um processo cuidadoso que se contrapõe à rapidez excessiva.

Em sua atuação profissional, Marina revelou ter se dedicado a projetos de alta complexidade, como a arquitetura hospitalar. Ela citou a recente reforma do andar um do Hospital São João Batista, em Criciúma, como um trabalho desafiador. O projeto envolveu a remodelação de um edifício antigo, a criação de 14 leitos e um novo posto de enfermagem, exigindo o cumprimento de uma extensa carga técnica e normas específicas.

A arquiteta enfatizou que o relacionamento com o cliente é um casamento, onde a identificação pessoal e o DNA do profissional são cruciais, pois o arquiteto se torna uma espécie de psicólogo da família ao longo do tempo.

Além disso, ela abordou as dificuldades na execução dos projetos, mencionando a escassez de mão de obra qualificada e a falta de capricho, destacando o pedreiro como o profissional mais difícil de encontrar com excelência. Marina defende a firmeza na gestão das obras e a importância de ter diálogo e clareza com os trabalhadores, mencionando que prefere não contratar profissionais que acumulam funções.

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