Membros do Conselho Tutelar de Criciúma se manifestaram contra as falas do prefeito Vagner Espíndola em uma entrevista coletiva realizada na sede da instituição. O assunto foi levantado após, na última quarta-feira, o prefeito ter citado supostas abordagens e notificações enviadas aos pais que recusaram vacinar os filhos contra a Covid-19. Tais afirmações teriam chegado até a prefeitura por meio de denúncias.

Juntamente com o tema da vacinação contra a Covid-19, também se levantou a dúvida sobre se os pais conseguiriam ou não matricular os filhos nas escolas da rede municipal mesmo tendo a recusa em fazer a vacina. Sobre esse assunto, os conselheiros afirmam que nenhuma escola pode se recusar a matricular uma criança ou adolescente por falta de vacina. Mas relataram que os pais são notificados e o caso – por meio de um protocolo – é encaminhado ao Ministério Público.

Na coletiva, a conselheira Fabiana Bertier afirmou que as ações do Conselho junto às famílias estão dentro do que é previsto em lei pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. “O Conselho Tutelar não está perseguindo famílias. Não está aterrorizando ninguém, e não vai na casa retirar crianças porque não fez a vacina”, afirmou. Ainda segundo a conselheira, a vacina contra a Covid entrou no calendário nacional de vacinação, sendo obrigatória a aplicação assim como todas as outras: “Vem famílias aqui que não fizeram nenhuma vacina e nós realizamos o mesmo procedimento”, enfatizou.

Na entrevista os conselheiros ainda afirmaram que pretendem acionar judicialmente o prefeito Vagner Espíndola por conta do teor das falas em que, segundo eles, colocam a integridade dos profissionais em risco.

O programa Tá Na Hora desta sexta abordou com mais detalhes o assunto. Confira!