Brian May, guitarrista da banda Queen, desconfia do uso da inteligência artificial (IA) na criação de música. Em uma recente conversa com a revista Guitar Player, May compartilhou sua apreensão quanto ao impacto potencial da IA na indústria musical, temendo que ela possa desencadear mudanças prejudiciais.

May manifestou sua maior inquietação na esfera artística, afirmando que, até o próximo ano, o cenário musical poderá ter se transformado completamente. Ele destacou a incerteza sobre a autoria das composições, ponderando sobre o quão desafiador será distinguir entre o trabalho gerado pela IA e o criado por seres humanos.

O guitarrista enfatizou que a introdução dessa nova tecnologia é um acontecimento histórico e sugeriu que 2023 poderia ser lembrado como o último ano em que os seres humanos verdadeiramente dominaram o cenário musical. Expressou sua preocupação e melancolia em relação a esse desenvolvimento, observando que isso não lhe traz alegria, mas sim uma sensação de apreensão.

Embora May tenha manifestado ceticismo quanto ao uso da IA nas áreas criativas, ele demonstrou apoio à sua aplicação na solução de problemas, desde que seja usada com responsabilidade e não para causar danos. Ele salientou que, ao contrário da música, onde ninguém está em risco, a IA poderia ter consequências sérias se fosse empregada na política ou em questões de domínio global de nações, acrescentando que a amplitude do impacto da IA é mais abrangente do que inicialmente previsto.

Além disso, Brian May utilizou suas redes sociais no fim de semana para expressar sua tristeza em relação a outro assunto: o leilão da Sotheby’s, realizado em Londres, que disponibiliza mais de 1.400 itens pessoais de Freddie Mercury, incluindo letras de músicas manuscritas, joias e instrumentos musicais. Em seu perfil no Instagram, ele compartilhou seu pesar diante dessa situação, descrevendo-a como algo verdadeiramente lamentável.